quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Receita


RECEITA - Bolo REUNI

INGREDIENTES
(custo estimado de investimento: R$ 25,00)

· 1 Decreto presidencial
· Alguns INTERDITOS PROIBITÓRIOS fresquinhos para a massa não crescer demasiado
· Generosas porções de policiais federais e tropa de choque
· Reitores “mansinhos”
· Um punhado de professores “mansinhos”
· Massa fresca de estudantes “indignados” ( indignados cada um em seu sofá, de preferência)

MODO DE PREPARO
(custo real de investimento: R$ 0,50)


Amasse bem os reitores junto com os professores. Adicione Interditos Proibitórios para que o bolo não fique fora de controle. Espalhe de maneira uniforme os policias federais e a tropa de choque por todo o território para que a receita não desande. Adicione um pouco de açúcar aqui e ali. Deixe a massa de estudantes descansando separadamente. Misture tudo (menos os estudantes) e leve ao forno.

Depois de pronto, coloque a massa de estudantes delicadamente e sirva primeiro para a Dona Imprensa (antes q ela vá fofocar mal de ti), mas lembre-se de só mencionar os ingredientes nobres.

Por fim, é só chamar a moçada e enfiar GOELA A BAIXO.
BOM APETITE PARA NÓS!!!
Mari

terça-feira, 14 de outubro de 2008

AFORISMOS

Sugiro um outro tema/link a ser adicionado. Um espaço livre para reflexões gerais, questionamentos, desabafos, criticas e o diabo a quatro....
Assim, aí vai o primeiro AFORISMO...

A FÁBULA

"Esta é uma história sobre quatro pessoas: Todo Mundo, Alguém, Qualquer Um e Ninguém.

Havia um grande trabalho a ser feito e Todo Mundo tinha certeza de que Alguém o faria.

Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou porque era um trabalho de Todo Mundo.

Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém imaginou que Todo Mundo deixasse de fazê-lo.

Ao final, Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito."

Mari

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

ENADE

Ranqueamento das universidades brasileiras, caráter propagandístico para as grandes empresas, melhores notas recebem mais recursos enquanto as universidades mais deficientes ficam relagadas ao segundo plano. Você acha que o REUNI realmente avalia a qualidade dos cursos oferecidos pelas universidades? O que está por trás de tudo isso?

REUNI

Ampliação de vagas sem estrutura - instalações prediais precárias, falta de professores, acessibilidade para deficientes - , criação de cursos com caráter estritamente técnico e instrumental. Aprovação por decreto, utilização da tropa de choque da Polícia Federal para barrar protestos, interdito proibitório. O que você sabe sobre o REUNI?

União Universitária

Você sabia que a União Universitária está prestes a desaparecer? Um dos espaços de moradia estudantil mais importantes do país é alvo das ações populistas da PRAE, que quer tranformar a União Universitária num centro de lazer para os estudantes. Onde ficarão instalados os novos moradores da CEU II enquanto aguardam os trâmites do benefício sócio-econômico?

Restaurante Universitário

Com o verão chegando, ficar na fila não vai ser uma boa idéia. Por que o RU continua do mesmo tamanho quando o número de vagas da UFSM será ampliado com o projeto REUNI? Se já está pequeno agora, o que será quando chegarem os novos calouros?

Biblioteca

Faltam livros? O preço da multa está alto? Para onde vai o $ da multa?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

09.09.2008

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

REUNIÃO

Pessoal, a reunião de organização dos atos no RU passará a partir desta sexta-feira a ser no NARA (Núcleo de Apoio à Reforma Agrária), que funciona na salinha do bloco 13 da CEU II. Todos estão convidados a participar trazendo idéias, sugestões, materiais para confecção de cartazes, etc. Não esqueçam, toda sexta-feira às 19:00 horas.

Abraço

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

CONVITE

To passando pra convidar todo mundo pra participar hoje (05/09) da reunião de organização do ato de segunda-feira (08/09) em frente ao RU. Será na salinha do bloco 25 (ateliê) às 19:00 horas. Tragam idéias, batuques, material pra confecção de cartazes e faixas. Convidem o maior número de pessoas possível. Abraço.

Caio

quarta-feira, 9 de julho de 2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008


sexta-feira, 4 de julho de 2008

Erros: protagonistas


A sua chapa sendo financiada por um partido, TEM preço?

Quem paga a banda, escolhe a música



Quem paga a banda, escolhe a música

quarta-feira, 2 de julho de 2008

DISPUTAS, DISCUSSÕES E PROPOSTAS


Grupos apresentam-se às eleições para o Diretório Central dos Estudantes neste ano. Dentre eles, velhos conhecidos “protagonistas” do Movimento Estudantil (M.E.), dissidentes descontentes dessa vanguarda e ainda a velha direita reacionária. Em meio a isso surge um outro grupo que não mais aceita esta forma do M.E., que assume uma postura crítica diante dela, ataca a democracia liberal sobre a qual está fundada nossa sociedade hoje, ou seja, não aceita um modelo que apenas elege dentre um número de pautas aquelas que são compatíveis com as lutas estudantis.
Quais as propostas desse grupo?
Em uma palavra, NENHUMA proposta que seja compatível com as nossas conhecidas de hoje. Vai para além disso, é mais ousado, audacioso: defende a participação dos estudantes na construção das propostas, pois eles vêem os problemas, eles devem apontar as demandas. O debate não deve esgotar antes do tempo, ou seja, as discussões proverão melhores idéias quando não se dá um “tom encaminhativo” à elas. O que queremos dizer? É exatamente isso, denunciamos as formas como são feitas as assembléias e plenárias, como são direcionadas e atendem não apenas aos interesses dos estudantes, mas também de outros grupos que orbitam o M.E. A questão não é sobre a legitimidade de algumas propostas apresentadas, mas sobre a forma como são construídas. A discussão não é quanto ao conteúdo, mas à forma. E atentem, defendemos uma DISCUSSÃO, não uma DISPUTA. Em resumo, enquanto grupos disputam as formas nós queremos discuti-las. A auto-crítica deve existir dentro do M.E. como essência, por isso não a tomamos como nossa proposta. Entretanto, somos vulgarmente acusados de não apresentarmos propostas – o que a nosso ver não se faz obrigatório, uma vez que nossa crítica é justamente essa –, de não nos sentirmos “protagonistas” das ações e de estarmos à margem do M.E. Replicamos que, enquanto diferentes grupos se apresentarem como possíveis protagonistas e não defenderem uma unidade do M.E. – e aqui incluímos todos, pois a crítica é ao modelo – não apresentaremos proposta que não seja a de um debate construtivo amplo dentro do ambiente acadêmico, sem oponentes polarizando discussões apenas para satisfazer o próprio ego. Se querem, então essa é nossa proposta.

POR NOVAS FORMAS DE PENSAMENTO E AÇÃO DENTRO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL JÁ!


“Saudações a quem tem coragem! É chegada a hora da [ruptura]!”

Uma ruptura foi deflagrada dentro do movimento estudantil brasileiro! Estudantes que participam ativamente das lutas do M.E. denunciam e sistematizam uma relação que salta aos olhos e que é responsável pelo atraso e imobilidade das lutas estudantis. É o interesse dos partidos políticos que há muito se sobressai aos interesses iminentes das lutas estudantis (não somos contra os indivíduos terem partido e militarem por ele, porém repudiamos com veemência que pautas e lutas do M.E. sejam decididas em plenárias de partidos políticos ou que beneficiem seus interesses).
Precisamos pensar novas formas de organização dentro do movimento estudantil que sejam uma construção real e histórica feitas pelos estudantes de luta, nada de vanguarda iluminada delegando ações! O movimento de ruptura tem que ir além do DCE-UFSM. Devemos repudiar a forma de organização burocratizada e arcaica da União Nacional dos Estudantes (UNE). Não queremos reconquistar a UNE, nem uma entidade paralela no formato da UNE. Temos que priorizar as formas de organização com maior participação dos estudantes, democráticas, descentralizadas e com capacidade de atuar junto com interesses do M.E.

Horário Político


Horário político,
político hipócrita,
Quer o seu voto,
Nem que para isso,
Ele te beije, te abrace,
Pegue seu filho e o beije.

Horário político,
Político hipócrita,
Quer o seu voto,
Felizmente o povo cansa,
Felizmente o povo começa a ter raiva,
Felizmente o povo vai te chutar o rabo.

Isso é porque ele não quer mais,
Apenas promessas, ele vai te derrubar,
Ele vai te enforcar com sua própria gravata
Ele vai desligar a tv toda a vez que tiver,
Horário político,
Político Hipócrita.

13 de Maio


A linha que traçamos é bem pior do que políticos
dando as mãos para o povo
A linha que traçaram para nós não se desalinha, ela fica cada vez mais reta, cada vez mais estreita, cada vez mais funda.
A linha que alinha faz de nós animais domados pela linha que faz o pano que amordaça, e da mesma maneira que nos cega,
A linha é de algodão, do mais puro algodão que nos tapa o pensamento, que reprime o talento, que incrimina o pobre, que da liberdade ao rico.
A linha nos leva a ficarmos menos capazes, menos vorazes, menos ferozes.
A linha nos reduz, ao mesmo tempo, que nos conduz a ignorância.
A linha profetisa o que não devemos gritar, que não devemos cuspir, que não devemos chutar, que não devemos falar.
A linha que nos alinha imobiliza, a linha que alinha nos fode, a linha que alinha nos prende, a linha que nos alinha, nos choca
A linha educa, a linha doutrina, a linha nos corta, a linha te toca
A linha vai fazer você fazer o que não gosta.
A linha fez o hino meu inimigo e fez de meus amigos animais conformados.
A linha fez de você um bosta, a linha quer ver você um bosta, cada vez mais bosta,alinha meu caro que é pra você morrer um bosta, pra feder como bosta e se deteriorar como bosta.

QUE MOVIMENTO ESTUDANTIL QUEREMOS?


As eleições do DCE estão rolando e as chapas já estão fazendo barulho, cada uma fazendo seu papel de apresentar suas propostas e angariar votos; à sua maneira cada uma acredita que esta é a única forma de fazer um movimento estudantil atuante.
À nós, estudantes que temos o poder de escolher entre uma ou outra chapa, cabe o papel de questionar se as últimas gestões do DCE responderam aos anseios dos estudantes e sobre o que é um movimento estudantil atuante.
Um movimento estudantil atuante deve ouvir os interesses dos estudantes, priorizando as causas estudantis e as colocando em primeiro plano. O que temos observado é que os grupos que dizem fazer movimento estudantil atuante e combativo trazem os interesses partidários para dentro do M.E., descaracterizando-o e desacreditando-o perante os próprios estudantes e outras entidades. O que um M.E. realmente combativo deve fazer é trazer as questões estudantis para a discussão com todos os estudantes. Nada de cúpulas que decidam as questões previamente e se utilizem das assembléias estudantis apenas para aprovar ou desaprovar suas decisões. A participação deve ser de uma forma horizontal, onde todos que queiram expor suas opiniões sejam ouvidos e que juntos possamos tomar as decisões.
Devemos repensar as atuações das antigas gestões do DCE da UFSM e colocar estas questões: será que estamos sendo ouvidos? Será que escolher uma chapa para o DCE é a única forma legítima de construir um M.E. representativo dos estudantes.
A ruptura já foi feita por parte daqueles que não aceitam que os interesses estudantis sejam relegados a um segundo plano, enquanto que as manobras partidárias decidam as questões que devem ser debatidas e quais devem ser esquecidas ou debatidas superficialmente.


Por um movimento estudantil dos estudantes e para os estudantes!!!

segunda-feira, 30 de junho de 2008



sexta-feira, 27 de junho de 2008

MOVIMENTO ESTUDANTIL: ESPAÇO DE LUTAS VERSUS INTERESSES PARTIDÁRIOS


Já faz algum tempo que o movimento estudantil (ME) brasileiro não está mais nas mãos dos estudantes. Como todos sabem, os partidos políticos hoje não apenas influenciam, mas também decidem os rumos que a luta estudantil deve tomar, suas pautas, formas de ação etc. Essa determinação tem motivos de origens distintas: o grande número de partidos políticos surgidos a partir do fim da ditadura militar e a conseqüente necessidade de ampliação de suas bases de apoio, a utilização do movimento estudantil como vitrine das ideologias partidárias, são apenas exemplos do uso que os partidos políticos fazem do ME. Entretanto, esta história não tem um só vilão, visto que muitos ditos líderes estudantis também se utilizam das ações promovidas pelo ME como forma de promover-se futuramente à candidaturas em cargos municipais e regionais, fazendo com isso que os interesses dos estudantes fiquem submetidos às vontades partidárias.
O modelo atual de representação dos estudantes, o DCE, é um instrumento visto por muitos como autêntico e legítimo. Contudo, não se deve esquecer que este se trata de uma instância diretamente atrelada à reitoria, ou seja, recebe recursos desta e está portanto diretamente ligada à ela. Além disso, as campanhas das chapas candidatas ao DCE recebem verbas dos partidos políticos ou outras instituições diretamente vinculadas a estes, ou seja, também estão diretamente ligadas a eles. Em resumo, tanto em nível de campanha como de gestão, as chapas estão diretamente atreladas aos partidos políticos e à reitoria.
Qual o problema disso tudo?
Uma vez que um órgão de representação estudantil está ligado à instituições de caráter político partidário, os seus interesses transformam-se também nos interesses destas instituições. O atrelamento existente entre as representações estudantis (DCE, diretórios acadêmicos, grupos de estudos etc.) e os partidos políticos deturpam os interesses do ME, mistificam as lutas em favor dos interesses das cadeias de relações partidárias. Uma análise fria do partido político nos mostra que ele não mais pode ser tomado como um modelo para as ações estudantis, suas concepções acerca da realidade mostram-se esclerosadas, mecânicas e defasadas. O partido hoje transforma suas questões particulares em questões a serem acolhidas por todos. Desde sua inserção no jogo liberal, a busca por uma ampliação da base de votos tornou-se uma máxima que transformou o partido político numa máquina única e exclusivamente voltada para esse fim.
Como exemplos desta associação perniciosa, elencamos alguns recentes fatos emblemáticos ocorridos nesta universidade: como a ocupação da reitoria ocorrida no ano de 2007. Neste ato a pauta reivindicatória apontava basicamente dois pontos principais: ampliação do Restaurante Universitário e Manutenção do prédio de apoio como patrimônio da UFSM. Além destes dois pontos principais, a pauta reivindicatória contemplava itens como abertura dos banheiros da União Universitária em tempo integral e maior tempo de funcionamento do RU. Este último foi o único ponto de pauta que efetivamente cumpriu-se. Além disso, as decisões dentro do ambiente da ocupação eram encaminhadas por grupos em pré-assembléias, de forma que as plenárias eram realizadas não com o intuito de discutir, mas sim de deliberar as proposições dos diferentes grupos participantes da ocupação. Ainda, ficou claramente visível neste ato que o debate não se fazia como forma de ampliar a discussão acerca das pautas, mas apenas na forma como se agiria a fim de concretizar os objetivos. Em uma palavra, diferentes grupos dentro do ME, com o mesmo objetivo, polarizam discussões acerca da forma e não do conteúdo, burocratizam as decisões, desejam criar heróis e não expor e discutir os problemas.
Outro exemplo mais recente da determinação das ações estudantis por parte dos partidos foi o Conselho de DA’s autoconvocado ocorrido no dia 05/06/2008. Neste conselho, onde a pauta principal era referente às eleições para o DCE, foi apresentado um documento que comprovava que a reunião havia sido proposta por um ParTido Político, com o interesse de adiantar as eleições, de modo que estas não coincidissem com as eleições municipais. O documento que foi lido na reunião fazia alusão direta aos grupos políticos organizados dentro do ME, e explicitava a necessidade da oposição a esses grupos por parte do partido proponente do conselho. Mais uma vez a influência: interesses partidários sendo discutidos de forma mascarada em instâncias de deliberação do ME.
A lista de exemplos é ampla e não pára de crescer. Acreditamos que a política existe em todas as esferas da vida humana, entretanto, é a politicagem interesseira que desejamos denunciar. É preciso recolocar no primeiro plano os interesses do ME dentro das lutas nas universidades, bem como extinguir a influência maléfica e desagregadora dos partidos políticos.Até quando o Movimento Estudantil estará à mercê dos interesses dos grupos políticos partidários? De que forma é possível eliminar a determinação das ações do ME pelos interesses partidários? Deixe sua opinião, critique ou apóie este texto, troque idéias, desconstrua, reconstrua, xingue, ame, só não perca a sensatez.