quarta-feira, 9 de julho de 2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008


sexta-feira, 4 de julho de 2008

Erros: protagonistas


A sua chapa sendo financiada por um partido, TEM preço?

Quem paga a banda, escolhe a música



Quem paga a banda, escolhe a música

quarta-feira, 2 de julho de 2008

DISPUTAS, DISCUSSÕES E PROPOSTAS


Grupos apresentam-se às eleições para o Diretório Central dos Estudantes neste ano. Dentre eles, velhos conhecidos “protagonistas” do Movimento Estudantil (M.E.), dissidentes descontentes dessa vanguarda e ainda a velha direita reacionária. Em meio a isso surge um outro grupo que não mais aceita esta forma do M.E., que assume uma postura crítica diante dela, ataca a democracia liberal sobre a qual está fundada nossa sociedade hoje, ou seja, não aceita um modelo que apenas elege dentre um número de pautas aquelas que são compatíveis com as lutas estudantis.
Quais as propostas desse grupo?
Em uma palavra, NENHUMA proposta que seja compatível com as nossas conhecidas de hoje. Vai para além disso, é mais ousado, audacioso: defende a participação dos estudantes na construção das propostas, pois eles vêem os problemas, eles devem apontar as demandas. O debate não deve esgotar antes do tempo, ou seja, as discussões proverão melhores idéias quando não se dá um “tom encaminhativo” à elas. O que queremos dizer? É exatamente isso, denunciamos as formas como são feitas as assembléias e plenárias, como são direcionadas e atendem não apenas aos interesses dos estudantes, mas também de outros grupos que orbitam o M.E. A questão não é sobre a legitimidade de algumas propostas apresentadas, mas sobre a forma como são construídas. A discussão não é quanto ao conteúdo, mas à forma. E atentem, defendemos uma DISCUSSÃO, não uma DISPUTA. Em resumo, enquanto grupos disputam as formas nós queremos discuti-las. A auto-crítica deve existir dentro do M.E. como essência, por isso não a tomamos como nossa proposta. Entretanto, somos vulgarmente acusados de não apresentarmos propostas – o que a nosso ver não se faz obrigatório, uma vez que nossa crítica é justamente essa –, de não nos sentirmos “protagonistas” das ações e de estarmos à margem do M.E. Replicamos que, enquanto diferentes grupos se apresentarem como possíveis protagonistas e não defenderem uma unidade do M.E. – e aqui incluímos todos, pois a crítica é ao modelo – não apresentaremos proposta que não seja a de um debate construtivo amplo dentro do ambiente acadêmico, sem oponentes polarizando discussões apenas para satisfazer o próprio ego. Se querem, então essa é nossa proposta.

POR NOVAS FORMAS DE PENSAMENTO E AÇÃO DENTRO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL JÁ!


“Saudações a quem tem coragem! É chegada a hora da [ruptura]!”

Uma ruptura foi deflagrada dentro do movimento estudantil brasileiro! Estudantes que participam ativamente das lutas do M.E. denunciam e sistematizam uma relação que salta aos olhos e que é responsável pelo atraso e imobilidade das lutas estudantis. É o interesse dos partidos políticos que há muito se sobressai aos interesses iminentes das lutas estudantis (não somos contra os indivíduos terem partido e militarem por ele, porém repudiamos com veemência que pautas e lutas do M.E. sejam decididas em plenárias de partidos políticos ou que beneficiem seus interesses).
Precisamos pensar novas formas de organização dentro do movimento estudantil que sejam uma construção real e histórica feitas pelos estudantes de luta, nada de vanguarda iluminada delegando ações! O movimento de ruptura tem que ir além do DCE-UFSM. Devemos repudiar a forma de organização burocratizada e arcaica da União Nacional dos Estudantes (UNE). Não queremos reconquistar a UNE, nem uma entidade paralela no formato da UNE. Temos que priorizar as formas de organização com maior participação dos estudantes, democráticas, descentralizadas e com capacidade de atuar junto com interesses do M.E.

Horário Político


Horário político,
político hipócrita,
Quer o seu voto,
Nem que para isso,
Ele te beije, te abrace,
Pegue seu filho e o beije.

Horário político,
Político hipócrita,
Quer o seu voto,
Felizmente o povo cansa,
Felizmente o povo começa a ter raiva,
Felizmente o povo vai te chutar o rabo.

Isso é porque ele não quer mais,
Apenas promessas, ele vai te derrubar,
Ele vai te enforcar com sua própria gravata
Ele vai desligar a tv toda a vez que tiver,
Horário político,
Político Hipócrita.

13 de Maio


A linha que traçamos é bem pior do que políticos
dando as mãos para o povo
A linha que traçaram para nós não se desalinha, ela fica cada vez mais reta, cada vez mais estreita, cada vez mais funda.
A linha que alinha faz de nós animais domados pela linha que faz o pano que amordaça, e da mesma maneira que nos cega,
A linha é de algodão, do mais puro algodão que nos tapa o pensamento, que reprime o talento, que incrimina o pobre, que da liberdade ao rico.
A linha nos leva a ficarmos menos capazes, menos vorazes, menos ferozes.
A linha nos reduz, ao mesmo tempo, que nos conduz a ignorância.
A linha profetisa o que não devemos gritar, que não devemos cuspir, que não devemos chutar, que não devemos falar.
A linha que nos alinha imobiliza, a linha que alinha nos fode, a linha que alinha nos prende, a linha que nos alinha, nos choca
A linha educa, a linha doutrina, a linha nos corta, a linha te toca
A linha vai fazer você fazer o que não gosta.
A linha fez o hino meu inimigo e fez de meus amigos animais conformados.
A linha fez de você um bosta, a linha quer ver você um bosta, cada vez mais bosta,alinha meu caro que é pra você morrer um bosta, pra feder como bosta e se deteriorar como bosta.

QUE MOVIMENTO ESTUDANTIL QUEREMOS?


As eleições do DCE estão rolando e as chapas já estão fazendo barulho, cada uma fazendo seu papel de apresentar suas propostas e angariar votos; à sua maneira cada uma acredita que esta é a única forma de fazer um movimento estudantil atuante.
À nós, estudantes que temos o poder de escolher entre uma ou outra chapa, cabe o papel de questionar se as últimas gestões do DCE responderam aos anseios dos estudantes e sobre o que é um movimento estudantil atuante.
Um movimento estudantil atuante deve ouvir os interesses dos estudantes, priorizando as causas estudantis e as colocando em primeiro plano. O que temos observado é que os grupos que dizem fazer movimento estudantil atuante e combativo trazem os interesses partidários para dentro do M.E., descaracterizando-o e desacreditando-o perante os próprios estudantes e outras entidades. O que um M.E. realmente combativo deve fazer é trazer as questões estudantis para a discussão com todos os estudantes. Nada de cúpulas que decidam as questões previamente e se utilizem das assembléias estudantis apenas para aprovar ou desaprovar suas decisões. A participação deve ser de uma forma horizontal, onde todos que queiram expor suas opiniões sejam ouvidos e que juntos possamos tomar as decisões.
Devemos repensar as atuações das antigas gestões do DCE da UFSM e colocar estas questões: será que estamos sendo ouvidos? Será que escolher uma chapa para o DCE é a única forma legítima de construir um M.E. representativo dos estudantes.
A ruptura já foi feita por parte daqueles que não aceitam que os interesses estudantis sejam relegados a um segundo plano, enquanto que as manobras partidárias decidam as questões que devem ser debatidas e quais devem ser esquecidas ou debatidas superficialmente.


Por um movimento estudantil dos estudantes e para os estudantes!!!